sábado, 15 de julho de 2017

ALZHEIMER - UMA MOLÉSTIA ESPIRITUAL

ALZHEIMER - UMA MOLÉSTIA ESPIRITUAL - por Américo Marques Canhoto

Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar - dois casos na família.

Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento atual.

Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje?

Serão confiáveis como sempre foram?

Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?

Alerta
É incalculável o número de pessoas de todas as idades ( até crianças ) que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de Alzheimer ).

Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc.

Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar?

Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar?

É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?

Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer, que  em nossa experiência temos observado, algumas aracterísticas se repetem:

•  Costumam ser muito focadas em si mesmas;

•  Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de co-dependência e até de simbiose. A partir do momento que a outra pessoa passa a não querer mais essa dependência ou simbiose, o portador da doença (que ainda pode não ter se manifestado), passa a não ter mais em quem se apoiar e, ao longo do tempo, desenvolve processos de dificuldade com orientação espacial e temporal;

•  Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução);

•  São de poucos amigos; gostam de viver isoladas;

•  Não ousam mudar; conservadoras até o limite;

•  Sua dieta é sempre a mesma. (Os alimentos que fogem às suas preferências, fazem-lhes mal; portanto, os alimentos são muito restritos);

•  Criam para si uma rotina de "ratinho de laboratório";

•  São muito metódicas.  ( Sempre os mesmos horários e sempre as mesmas coisas, mesmos alimentos, mesmas roupas);

•  Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes da doença se caracterizar;

•  Cultivam manias e desenvolvem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo);

•  Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar;

•  Leitura os enfastia;

•  Não são chegadas em ajudar o próximo;

•  Avessas á prática de atividades físicas;

•  Facilmente entram em depressão;

•  Agressividade contida;

•  Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar;

•  Não se engajam em nada, sempre dando desculpas para não participar;

•  Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez;

•  Bloqueadas na afetividade e na sexualidade, algumas têm dificuldades em manifestar carinho. Para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano;

.  Gatilhos que costumam desencadear o processo.

Na atualidade, a parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam - especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.

Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças.

Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas, quando não podem vampirizar os familiares ou parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação degeneram com incrível rapidez, de uma hora para
outra.

O que é possível aprender como cuidador?

Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo outro.

A dieta influencia.

Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação, centrada em carboidratos e alimentos industrializados.

Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega 3 e ômega 6;

Devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim).

Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.

Doença silenciosa?

Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância.

Analisando e estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer.

Dia após dia, fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.

O mal de Alzheimer é hereditário?  Pode ser transmitido?

Sim pode, mas não de forma passiva, inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento.

Remédios resolvem?

Ajudar até que ajudam, mas resolver é impossível, ilógico e cruel, se possível fosse; pois, nem todos têm acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.

Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo, pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas.

Remédios previnem?

Claro que não; apenas adiam o inexorável.

Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.

Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio à terceira idade.

A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de energia curativa.

A doença de Alzheimer, acima de tudo, é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos amigos é um bom remédio.

O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos. A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade.

Quer evitar tornar-se um Alzheimer?

Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e inteligência.

Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente.

Além das dúvidas que levantamos, esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.

"O desapego é necessário para o crescimento espiritual."

E aqui fica a célebre frase de todo doente de Alzheimer: “Quero voltar para minha casa”. Que casa seria esta?

Américo Marques Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro filhos, nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico de família desde 1978. Atualmente, atende em São Bernardo do Campo eSão José do Rio Preto - Estado de São Paulo - Brasil. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico: Dr. Eduardo Monteiro. Procurando por este colega de profissão, descobriu que esse "médico" era um espírito, que lhe informou: "Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento."

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Energia liberada pelas mãos tem o poder de curar

USP comprova: Energia liberada pelas mãos tem o poder de curar

Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”. 

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp. 

Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou. 

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou. 

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.” 

Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress. 
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.
Fonte: http://portal.rac.com.br/noticias/index_teste.php?tp=correio-escola...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A visão espírita da epilepsia

Na Bíblia, encontramos a passagem do “menino epiléptico”, narrada por Mateus (17: 14 a 19), na qual Jesus, “tendo ameaçado o demônio, fez com que ele saísse da criança, que foi curada no mesmo instante”. No livro A Gênese, Allan Kardec explica que a “imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os espíritos imperfeitos, chamados então de demônios, que lhe bastava ordenar que se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção”.
Para nós, espíritos em aprendizado, fazer uma desobsessão é mais complexo. Precisamos ter uma ajuda espiritual e muito carinho com nossos semelhantes, pois o verdugo de hoje foi vítima ontem. Para sabermos se o problema é um processo obsessivo ou carma, devemos analisar os tipos de reencarnação: expiação, provação e missão. A expiação é o resgate, por meio da dor, de erros cometidos em outras existências. Pela provação, temos provas voluntariamente solicitadas pelo espírito, as quais, se bem suportadas, resultarão em seu progresso espiritual. A missão é a realização de qualquer tarefa, de pequena ou grande relevância. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas.

A medicina descreve uma crise epiléptica como uma desordem cerebral, causada por descarga elétrica anormal, excessiva e transitória das células nervosas, decorrente de correntes elétricas que são fruto da movimentação iônica através da membrana celular. Existem diversos tipos de crises, como parciais, parciais e completas, generalizadas e tônico-clônicas.
Causas da epilepsia
As causas da epilepsia podem ser desde uma lesão na cabeça como um parto à fórceps. O uso abusivo de álcool e drogas, além de outras doenças neurológicas, também podem gerar a doença. Na maioria dos casos, entretanto, desconhece-se as causas que lhe dão origem. Muitas vezes, o paciente tem as convulsões e os exames realizados dão resultados normais. Divaldo Pereira Franco, no livro Grilhões Partidos, afirma que “mesmo nesses casos, temos que levar em conta os fatores cármicos incidentes para imporem ao devedor o precioso reajuste com as leis divinas, utilizando-se do recurso da enfermidade-resgate, expiação purgadora de elevado benefício para todos nós”.
Vale ressaltar que a medicina terrestre evoluiu, não só porque conta com a cirurgia, que é usada quando o resultado da medicação não foi satisfatório e o médico avalia as possibilidades de sucesso cirúrgico, mas por que os médicos têm se preocupado em adaptar o paciente à vida social e familiar, além da reabilitação aos estudos. Muitas vezes, envolvem vários profissionais de diversas áreas, como psicólogos, terapeutas etc., elucidando o paciente e sua família sobre a importância do uso dos remédios e o apoio dos pais nesta caminhada. Estes, inclusive, com receio das crises epilépticas, acabam dando uma superproteção ao filho, temendo que ele se machuque. Essa proteção é normal, mas deixa o epiléptico dependente dos genitores, tornando-o uma criança isolada e fechada.
Algumas pessoas, sem o devido estudo, alegam que a epilepsia é uma mediunidade que deve se desenvolver. Porém, conforme afirma Divaldo Pereira Franco em Grilhões Partidos, vale ressaltar que “não desconhecemos que toda enfermidade procede do espírito endividado, sendo a terapêutica espiritista de relevante valia. Porém, convém considerar que, antes de qualquer esforço externo, há que se predispor o paciente à renovação íntima intransferível, ao esclarecimento, à educação espiritual, a fim de que se conscientize das responsabilidades que lhe dizem respeito, dando início ao tratamento que melhor lhe convém, partindo de dentro para fora. Posteriormente e só então, far-se-á lícito que participe dos labores significativos do ministério mediúnico, na qualidade de observador, cooperador e instrumento, se for o caso”.
Existem processos perniciosos de obsessão que fazem lembrar um ataque epiléptico devido à igualdade da manifestação. Também com uma gravidade séria, ainda conforme as palavras de Divaldo, “ocorrência mais comum se dá quando o epiléptico sofre a carga obsessiva simultaneamente, graças aos gravames do passado, em que sua antiga vítima se investe da posição de cobrador, complicando-lhe a enfermidade, então com caráter misto”.
Independentemente do fato do epiléptico estar sob um processo obsessivo ou não, é importante a freqüência ao centro espírita para a reforma íntima e para receber aplicação de passes, que é uma transfusão de energias físio-psíquicas. Porém, mesmo com o tratamento espiritual, o epiléptico deve manter controle com a medicina terrestre, com a aplicação de anticonvulsivos, pois cada caso é um caso.
Reforma íntima
Pode-se fazer um tratamento de desobsessão e o inimigo do passado ser doutrinado, mas a dívida persistirá enquanto não for regularizada, como explica Divaldo no livro. “Considerando-se que o devedor se dispõe à renovação, com real propósito de reajustamento íntimo, modificando as paisagens mentais a esforço de leitura salutar, oração e reflexão com trabalho edificante em favor do próximo e de si mesmo, mudam-se-lhe os quadros provacionais e providências relevantes são tomadas pelos mensageiros encarregados de sua reencarnação, alterando-lhe a ficha cármica. Como vê, o homem é o que lhe compraz, o que cultiva”, descreve.
Gostaria de terminar dizendo para as pessoas que têm epilepsia e seus familiares que jamais desanimem, em momento algum, sobretudo nos momentos mais difíceis, onde a doença parece incontrolável. Os pais são o alicerce para o filho epiléptico e este só poderá obter a cura total ou parcial com o apoio dos familiares e muita fé em Deus.
Ao terminar de ler esta matéria, não se preocupe em ficar remoendo na mente sobre os atos que poderia ter feito no pretérito que lhe fizessem voltar com essa enfermidade. Cuide de sua reforma íntima e espiritual, para que, posteriormente, venha a trabalhar em prol dos mais necessitados. Dessa forma, além de se ajudar a evoluir espiritualmente, ajudará também muitas pessoas que virão ao seu socorro.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 14.
Ao reproduzir o texto, favor citar o autor e a fonte.

OBSESSÃO E EPILEPSIA

OBSESSÃO E EPILEPSIA

Existe ligação entre os casos de epilepsia e os processos obsessivos?
A interação corpo-mente-espirito.

Osvaldo Hely Moreira

A epilepsia constitui-se num dos desafios da medicina devido a sua alta incidência (0,5% a 2% da população), diagnóstico etiológico difícil e abordagem terapêutica ainda discutida. A história relata casos epiléticos sempre sendo vistos como seres envolvidos por anjos ou demônios, já que a intuição demonstrava ao homem a conexão de determinados processos de convulsão com atuação obsessiva. A responsabilidade dos profissionais da área médica, diante dessa patologia, cresce não em função da alta incidência relatada, mas também em função de suas implicações sociais e emocionais. O epiléptico encontra dificuldades para progredir em sua vida social e profissional. Seu campo de trabalho é restrito e suas inibições, pelo receio da ocorrência das crises convulsivas, levam-no a evitar a convivência habitual na sociedade, além do fato de ver-se obrigado a utilizar medicação de forma crônica. Essa visão da patologia de estudo, leva-nos, profissionais médicos espíritas, a buscarmos soluções mais definitivas para esses pacientes, motivando a realização desse estudo.

DEFINIÇÕES

As epilepsias são um grupo de distúrbios caracterizados por alterações primárias, crônicas e recorrentes na função neurológica, causadas por anormalidades na atividade elétrica do cérebro. Podem ser: Idiopática (primária ou genuína) – indivíduo sem lesão neurológica aparente; Secundária – resultado de lesão neurológica ou alteração estrutural do cérebro. Hipóxia e isquemia perinatal; distúrbios genéticos; doença cérebro-vascular; mal formação congênita; distúrbios metabólicos; tumores; drogas; infecção; traumatismos.

Obsessão - 1) Do latim obsessione – impertinência, perseguição, vexação. Preocupação com determinada idéia, que domina doentiamente o espírito. (Dicionário Aurélio); 2) – “É a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral sem perceptíveis sinais exteriores até perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec, cap. XXVIII, item 81)

Esclarecendo, Kardec continua: “A Obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral do obsediado, que dá ascendência a um espírito mau...”.

Mas, por que pensar nessa associação (epilepsia e obsessão)?

A história relata-nos, há milênios, os quadros epilépticos sendo atribuídos à ação de bons ou maus espíritos. Com o advento de Jesus surgem novas informações confirmando essa associação. No Evangelho de Lucas, cap. 9, versículo 38 a 43 encontramos o seguinte relato: “A cura do jovem possesso: E eis que, dentre a multidão, surgiu um homem dizendo em voz alta: Mestre, suplico-te que vejas meu filho porque é o único. Um espírito se apodera dele e, de repente, grita e o atira por terra, convulsiona-se até o espumar, e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantam. Roguei aos teus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam. Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco e vós sofrereis? Traze o teu filho. Quando ia se aproximando, o demônio o atirou no chão e o convulsionou, mas Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou ao pai”.

Essa passagem do evangelho é também encontrada no Evangelho de Marcos, 9: 14 a 29, que nos versículos 25 e 26 relata o estado do jovem após a ação de Jesus: “... sai desse jovem e nunca mais tornes a ele. E ele, clamando, agitando-o muito, saiu, deixou-o como se estivesse morto, ao ponto de muitos dizerem: morreu”.

Os relatos de Lucas e Marcos permitem diagnosticar o quadro apresentado pelo jovem como epilepsia com crise generalizada tônico-clônica.

Na obra de Kardec encontramos mais informações sobre o assunto. Em O Livro dos Espíritos, cap. IX, parte 2a, pergunta 474, encontra a seguinte resposta: “Sem dúvida e esses são os verdadeiros possessos (...) isto nunca ocorre sem que aquele consinta, quer por sua fraqueza ou por desejo; muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitam de médicos que de exorcismos, têm sido tomados por possessos”.

O relato do Evangelho confirma a existência de quadros epilépticos secundários à ação de obsessores desencarnados e a fala dos espíritos na obra de Kardec esclarece que existem quadros de epilepsia não secundários à interferência espiritual e ainda, na segunda parte do mesmo livro, Kardec fala da postura cármica das doenças.

Esse estudo objetiva encontrar esclarecimentos sobre a questão apresentada. Quando há obsessão ou não?

No entendimento da ação obsessiva levando à crise convulsiva, vemos que da mesma forma que a enfermidade orgânica manifesta-se onde há carência, o campo obsessivo desloca-se da mente do paciente para o departamento somático onde as imperfeições morais do passado deixaram marcas profundas no perispírito.


A INFLUÊNCIA MENTE-CORPO

Todos os nossos corpos e suas células têm sua função governada pelo espírito. Cada órgão do corpo é submetido ao governo do espírito. Quando erramos, entramos em situação de “culpa”, que significa desequilíbrio de nossa mente, que, por sua vez, tem reduzida a sua capacidade de governo celular adequado, gerando no perispírito uma “área de remorso”. Essa área seria a região de nossos corpos utilizadas para o erro ou que nos lembra pessoas ou situações ligadas ao erro. No nosso estudo, essa área seria a região cerebral utilizada inadequadamente como abuso da inteligência ou, por exemplo, como conseqüência de traumatismos provocados em atos de auto-extermínio.

Essa região, o cérebro, no caso em estudo, terá não semente sua função prejudicada, mas terá também suas defesas vibratórias reduzidas, possibilitando a ação obsessiva sobre ela. (A ação obsessiva dá-se na área previamente lesada pelo obsediado). A ação obsessiva gera maior desequilíbrio da fisiologia pela associação da emissão mental tóxica do obsessor, agravando ou fazendo evidente o processo de doença.

Aplicando esse raciocínio à epilepsia, o tecido cerebral é composto, por células de limiar de estimulação baixo. Pequenos estímulos mecânicos ou elétricos aplicados diretamente no cérebro podem desencadear crise convulsiva. Compreenderemos a ocorrência da convulsão, ao imaginarmos a falta de equilíbrio do encarnado sobre a região cerebral, associada à emissão tóxica do obsessor.

Resumindo, diríamos que no caso da epilepsia, a convulsão ocorre por excitação interna ou anímica (sem obsessão), associada ou não à excitação externa (obsessão).

Para facilitar o estudo, utilizaremos exemplos retirados de obras espíritas onde existe a análise detalhada dos casos e que nos permite uma visão mais ampla e conclusiva.


ALGUNS CASOS DE EPÍLEPISIA

Caso 1: Livro Grilhões Partidos, de Manoel P de Miranda

Caso Ester: moça, de 15 anos, previamente “normal”. Quadro súbito de contratura generalizada, palidez cutânea, sudorese abundante. Segue-se atitude agressiva do pai, a quem sempre tratou com carinho, seguida de palavras duras, gritos e agitação. Após a medicação injetável, ocorre sonolência intercalada por convulsões.

Diagnóstico espiritual: “Disritmia cerebral secundária a ligação obsessiva, com manifestação do obsessor através de psicofonia atormentada, após a convulsão. O Eletroencefalograma [ECG] era normal antes e após a convulsão. Se não forem evitados os ataques de subjugação, aparecerá lesão cerebral, que já existe no perispírito”.

Ester era espírito com grave débito no passado, com lesão perispiritual na região cerebral. Utilizou sua inteligência para causar prejuízo grave à vida de vários semelhantes.

Observar que após a convulsão seguia-se a fala do obsessor (fala lógica e inteligente), dirigida contra o pai de Ester.

O diagnóstico médico seria crise convulsiva generalizada tônico-clônica seguida de estado crepuscular como a ocorrência de confusão mental, inquietação motora, automatismos, distúrbios da fala, do conhecimento e da ação, após a crise convulsiva.

Esse caso mostra a ocorrência da convulsão são e ressalta a importância da terapia desobsessiva na prevenção de lesão do corpo físico.

Bezerra de Menezes indica o tratamento: “A terapia há de ser múltipla, acadêmica e espírita”, mostrando a importância de usar medicação apesar de ser processo de origem espiritual.


Caso 2: Livro: Nos Domínios da Mediunidade, cap 9.

Caso Pedro: Paciente com doença mental.

Visão espiritual: Observa-se o obsessor ligando-se a Pedro, seguindo-se convulsão generalizada tônico-clônica, com relaxamento de esfíncteres. O mentor Aulus afirma ser possessão completa ou epilepsia essencial e analisa que, no setor físico, Pedro está inconsciente, não terá lembrança do ocorrido, mas está atento em espírito, arquivando a ocorrência e enriquecendo-se. Passado espiritual semelhante aos demais pacientes analisados, com obsessão na espiritualidade antes da atual reencarnação.

Após a prece e o passe dos demais encarnados, ocorre o desligamento do desencarnado, termina a convulsão e Pedro entra em sono profundo.

O mentor Aulus o classifica como médium, mas desaconselha a procura de desenvolvimento mediúnico, até que Pedro desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste, com o estudo e reforma íntima, e explica: “Com a terapia desobsessiva exitosa, será possível terminar com os ataques de “possessão”, mas Pedro sofrerá os reflexos do desequilíbrio em que se envolveu, a se expressarem nos fenômenos mais leves da epilepsia secundária que emergirão por algum tempo, ante recordações mais fortes da luta atual até o reajuste integral do perispírito (reflexo condicionado)”.

Esse caso mostra que, apesar de tratar-se de obsessão, não ocorreu a manifestação do obsessor (estado crepuscular) após a convulsão, provavelmente devido ao passe aplicado durante a convulsão, que produziu o desligamento do espírito desencarnado. Fato semelhante ocorreu no caso retirado do Evangelho, onde no texto de Marcos (9: 14-30) observa-se que o jovem apresenta a convulsão e após a interferência de Jesus ele fica “como morto”. Outro ensinamento desse caso é quanto ao prognóstico de cura após o tratamento desobsessivo, analisado pelo mentor Aulus, surgindo a epilepsia secundária a reflexo condicionado.


CONCLUSÃO

Os quadros de epilepsia podem ser provocados por obsessão, mas existem casos sem ação de desencarnados e casos mistos.

Independentemente do caso, com ou sem envolvimento obsessivo, há necessidade de uso de medicação da medicina acadêmica.

Segundo Bezerra de Menezes, a presença do estado crepuscular é diagnóstico de ação obsessiva.

A terapia desobsessiva é altamente eficaz, devendo ser usada como preconiza a obra kardequiana.

O estudo dos casos clínicos sugere que a maioria dos quadros de epilepsia representa processo obsessivo atual ou passado, e que todo paciente epiléptico deve ser abordado com processo terapêutico nesse sentido. As exceções seriam os casos de lesão cerebral no passado ou na vida atual, como nos casos de suicídio.

O quadro secundário a processo obsessivo, se não socorrido em tempo hábil, pode levar à lesão física.

Existe uma seqüência evolutiva do processo de cura: obsessão com lesão física -> obsessão sem lesão física -> epilepsia por reflexo condicionado -> estado convalesceste (com crises dependendo do comportamento do paciente) -> cura.

“Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porquanto, não sabeis quando será o tempo.” Jesus - Mc. 13 - 33.

(Extraído da revista Cristã de Espiritismo 23, páginas 12-14)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ESQUIZOFRENIA E VIDAS PASSADAS

ESQUIZOFRENIA E VIDAS PASSADAS
A
 esquizofrenia é uma doença de distribuição universal. Atinge cerca de 1% da população e geralmente se inicia antes dos 25 anos de idade.
O quadro clínico é bastante polimorfo e heterogêneo.  O diagnóstico é feito a partir de sinais e sintomas.
            O paciente vai-se isolando, perde o interesse pelas coisas e pessoas, fala coisas sem nexos, pode ficar agitado, agressivo, tem idéias delirantes (transtono do conteúdo do pensamento), alucinações (ouve vozes, vê imagens),   alterações de motricidade e afetividade .
            O paciente costuma evoluir com exacerbações(crises) e remissões da doença, sendo a deterioração do funcionamento maior após a cada crise.
            O tratamento é feito com antipsicóticos e psicoterapias. Os antipsicóticos não curam, mas previnem recaídas e retardam a evolução  da doença.
            A minha experiência em terapia de vidas passadas  tem mostrado que a maioria dos casos de esquizofenia são causados pela ação de obsessores.
            Todo esquizofrênico é um médium muito endividado que nasceu com uma mediunidade poderosa para resgatar o seu passado.
            Imaginemos  que João esteja devendo 100000 reais para 100 pessoas cada. O que aconteceria se João se recusasse a pagar a dívida?
            É óbvio que os seus credores não lhe dariam sossego até pagar tudo que deve, e se algum deles tivesse um instinto assassino poderia até mandar matar João e sua família!.
            Só que no mundo espiritual as dívidas não são pagas em dinheiro, mas de acordo com o tipo de  dívida que temos: quem matou tem que salvar vidas, quem roubou tem que restituir os bens, quem abusou do poder  tem que usar seu poder para fazer o bem, etc...
            Suponhamos que o indivíduo foi um general e matou milhares de pessoas numa vida passada e nesta vida decida virar artista, bancário ou comerciante. É evidente que não terá como salvar muitas vidas e assim resgatar seu passado. Aí os seu credores(obsessores)vão trabalhar dia e noite para destruí-lo.
            Como os obsessores causam esquizofrenia?
            Basicamente através da transmissão de pensamento, imagens e alteração de nível de neurotransmissores(dopamina).
            Como o esquizofrênico é um médium, ele começa a ouvir vozes e ver imagens. Geralmente essas vozes ameaçam matá-lo, falam ofensas e mandam fazer coisas erradas.
            A ação prolongada dos obsessores causa destruição de neurônios e depois de alguns anos o paciente fica demenciado (perde funções mentais).
            A esquizofrenia não tem cura pela medicina, mas tem prevenção. Se o médium vai virar esquizofrênico ou não vai depender da orientação que recebe na infância e adolescência.  Todo médium desde pequeno deve ser ensinado a praticar a caridade e seguir uma profissão de serviço para o bem do próximo.
            Somente quando o indivíduo desperta a sua consciência e resgata o seu passado consegue ficar livre dos seus obsessores.

            Tive um paciente chamado R.O. que sofria de esquizofrenia grave  desde os 23 anos de idade.
            Formou-se em administração de empresas e trabalhou num hospital público por dois anos mas teve que ser afastado por causa da esquizofrenia.
            Com 23  anos de idade começou ouvir vozes que xingavam e mandavam fazer jejum para se purificar dos seus pecados . Falava sozinho, não tomava banho, não comia e não cortava seus cabelos.
            Como não era possível fazer regressão direta, foi feita a psicotranseterapia  (aqui, o terapeuta vivencia no lugar do paciente).
            Na primeira vivência R.O. foi governador da província de Xangai(China). Foi um ditador cruel e corrupto. Dizia; "Eu sou a lei".
            Mandou matar milhares de pessoas e cometeu muitas injustiças. Nunca ajudou os necessitados, oprimia o povo com impostos pesados, teve várias esposas e filhos até que um dia um de seu filhos o matou com uma facada.
            Na segunda vivência foi um xeque árabe possuidor de um poderoso exército e muitas terras. Participou de muitas guerras, matou muita gente e teve uma vida regalada. Um dia a sua esposa o matou por envenenamento e ficou com todos os seus bens.
            Após a terapia, os pais de R.O. passaram a trabalhar num centro espírita e levar o seu filho para ser doutrinado. R.O. não ficou curado mas o seu quadro se encontra estável.

POR HEE JIN MYUNG
MÉDICA PSIQUIATRA E ESPIRITA , TERAPEUTA DE VIDAS PASSADAS E PSICOTRANSETERAPIA

Remorso e Esquizofrenia


http://joanadarc.wordpress.com/2009/08/05/remorco-e-a-esquizofrenia/

Esquizofrenia e obsessão.


É difícil caracterizar a natureza e o desenvolvimento da esquizofrenia.

Podemos enquadra- la no campo das perturbações psicóticas, por demonstrar que o indivíduo deforma a realidade e apresenta grave desorganização da personalidade.

O esquizofrênico vê o mundo a seu modo e não consegue estabelecer relação entre pensamentos e emoções, ao contrário, os separa. Apresenta frieza e isolamento social e age de forma incomum, suas crenças e formas de vestimentas, não correspondem ao habitual

Sua linguagem pode ser desordenada e sua fala frouxa, não foca no ponto principal, é metódico naquilo que lhe parece importante.

Não apresenta aptidões sociais e são acometidos de sintomas depressivos.

Apresentam pensamentos ameaçadores, distorcidos, vendo o outro com desconfiança e descrença.

São vulneráveis e apresentam delírios de perseguição que ultrapassam seu círculo de atuação, podendo sentir-se ameaçados até pelos conteúdos apresentados na mídia.

Acreditam que alguém os controlam o tempo todo, e que o impulso assassino ou suicida, como qualquer outra manifestação são imposição de alguém que de certa forma, só ele vê.

Ouvem vozes, vêem coisas, alucinações mais comuns são feitas através da audição, onde surgem as cobranças e acusações e podem também ouvirem elogios, até pelos atos negativos realizados.

Esse quadro os afasta do convívio social, remetendo-os ao mundo das ilusões, onde vale sua fantasia. Perceba que a pessoa com essas características fica esteriotipada e as vezes parece se relacionar com os seres invisíveis, fazendo caras estranhas , demonstrando sintonia com a tal parceria.

A Doutrina Espírita, explica esse quadro de delírios e alucinações, como obsessão, geralmente realizado por espíritos que mantêm alguma sintonia com o espírito encarnado, como forma de cobrança ao espírito em questão.

A consciência alterada do indivíduo encarnado, recebe interferência do espírito obsessor , que atua de forma maligna em suas formas de pensamentos e expressões.

Emprestando as palavras de Waldo Vieira, “a influência obsessiva demonstra conotações plausíveis razoáveis nas imagens negativas, que induz ou forja na mente da consciência encarnada”.

Isso não exime o encarnado de suas obrigações com o mundo espiritual.Cobranças apontam para responsabilidades, que devem ser assumidas e trabalhadas dentro dos princípios cristãos.

Irene Fonseca
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/64189/1/Esquizofrenia-e-Obsessao/pagina1.html#ixzz1KHKugQsd