sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA



AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA - por Victor Passos

Viana do Castelo, Portugal



O Autismo é visto como um transtorno invasivo do desenvolvimento, Sindrome de Asperger. Fragilidade que se pode manifestar de forma grave por toda a vida. Ela existe em todo o mundo, em famílias de qualquer raiz racial, cultural ou social, enfim não escolhe a individualidade a encarnar a doença. Os sintomas podem ser verificados pela anamnese, observação comportamental, exames ou entrevistas com o doente e familiares.
As estatísticas dizem-nos, no âmbito do materialismo, que a doença se manifesta entre um e 3 anos de idade, porém na minha visão espírita considerando que toda uma consequência tem uma causa, ela já está presente mesmo antes da reencarnação e veremos porquê!
Os sintomas do autismo encerram:
. Perturbação na periodicidade da aparição de capacidades físicas, sociais e linguísticas; . Reacções anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo. . Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Devido a tal situação torna-se também restrita compreensão de ideias. Aplica palavras sem associação ou sem significado concernente com o significado. . Percepção anormal dos objetos, eventos e pessoas.
Enteando esta fase verificaremos desde já que o espírito fragilizado está encerrado em si mesmo, e preso no fundo entre os dois Mundos, no da erraticidade e no material.
A essência obscura do autista, aprisiona-os ao medo de enfrentar uma nova experiência, porque sabedores da sua condição, asfixiados por passagens menos dignas de amor e valorização moral, estes irmãos, ao reencarnar detêm um tempo maior da separação perispiritual de tal nível, o qual por vezes se acha já presente no momento de transição aquando da sua concepção, na busca do aborto à revelia da Lei, porém todos sabemos que nada podemos contra a mesma. Daí muitos dos partos destes espíritos serem complicados.
Claro que todos sabemos e não tem nada de novo que o crescimento educativo do espírito encarnado, se faz no período propicio da infância até aos 7 ou 8 anos de idade, mas isto em situações normais, porque no caso destas individualidades, a perturbação, se faz presente por mais tempo, como se estivesse em período de estância gestacional, tal como afirmei atrás estes espíritos sentem pressionados pelo receio de fraquejar, e estacionam, entre ambos espaços e daí a dificuldade de assimilar conhecimento e de se descobrir nos ambientes externos à sua vontade. Interessante é verificar que num estudo do feito por pesquisadores e comprova o que acabei de dizer;
“Pesquisadores realizaram o protótipo de um laboratório que simbolizava um útero e colocaram autistas, neste ambiente. Ali, eles tinham contacto com sons e sensações semelhantes àquelas transmitidas pela mãe para o bebê quando este se encontra dentro do útero, mergulhado no líquido amniótico. A experiência foi de completo êxito, pois as crianças autistas apresentaram reações, tornando-se um pouco mais receptivas.
Realizei experiências semelhantes com um grupo de pessoas sensitivas e outras habilitadas criando através de uma ação mental um útero materno. A resposta da criança autista foi positiva.” Drª Hellen
Num ápice os autistas são inteligentes, exigentes e seguros de si, para logo a seguir por vezes sem razão uma razão aparente, ou começam a saltitar como crianças, mesmo sendo adultos ou passam pelas pessoas sem as perceberem realmente. As vezes isolam-se e falam baixinho ou riem sem motivo, olhando não se sabe para quem ou onde. Algumas vezes se auto-flagelam, se auto agridem, tornando-se agressivos a tudo e todos, não importa quem.
Bastante imprevisíveis têm a capacidade de transportar quem lhe convive a outro, da esperança ao desespero. Quando concentrados e atentos, todo o aprendizado é possível e quando um conhecimento ou experiência foram aprendidos jamais será esquecido.
O Autista aparece por efeito em duas situações: espiritual quando está bem marcado no seu perispírito, que o leva a ter lesões neurológicas, aquilo que se chama o espelho refletor do cérebro, nesse caso o indivíduo não consegue comunicar-se por causa de deformações ou lesões nos corpos sideral e físico. A é consequência do espírito, estar estigmatizada com a consciência da culpa, temendo uma reencarnação compulsória na qual colherá os efeitos de faltas passadas. Por isso o espírito rejeita a reencarnação, provocando o autismo. Ocorre um severo processo de auto-obsessão por abandono consciente da vida, um auto-aprisionamento orgânico. Nesse caso, mesmo não havendo uma lesão directa do perispírito, a rejeição à reencarnação e a recusa à comunicação danificam o cérebro..
Mas vamos agora ao encontro da problemática provacional, e ela traz-nos ao o fulcro da vida, do vetor sensorial da existência e ponto vital da evolução educativa moral, espiritual e intelectual, a Familia, a escola ,o meio a sintonia envolvente que exige dos Pais e educadores uma entrega profunda de amor em toda a plenitude. A renuncia , a muito porque estes irmãos trazem em si um ensinamento para os progenitores, que faz com que a sua luta mereça de todos nós o maior respeito e oração em torno da sua coragem e luta diária para que consigam levar em frente tamanha obra como objetivo numa encarnação…
Segundo Bezerra de Menezes, no livro “Loucura e Obsessão” , muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vitimas que angariaram nesse mesmo pretérito.
Esta temática visa recolher o máximo afim de irmos ao encontro quer do porquê da deficiência, da provação e expiação e da necessidade do conhecimento dos valores da vida reais.
A autora do livro “ Vida Além da Vida” deixa-nos em suas experiências três casos;
Nessas, pelo que se vê, o ser/essência nada sofreu, encarando com naturalidade e compreendendo todos processos, mesmo os mais dolorosos.
1º caso - Minha mãe não me desejava. Certa vez tentou abortar e fiquei irado por ocasião do parto, porque ela pretendia divorciar-se do meu pai. Estou agora conscientizado de que parte do meu carma consiste em aprender a amar minha mãe, de qualquer maneira. 2º caso - Ao me ligar ao feto, dava-me conta de que minha mãe estava assustada, de início, posteriormente aceitou o processo com naturalidade. 3º caso - Foi uma experiência forte, não desagradável mas surpreendente, o meu nascimento. Enviei mensagens à minha mãe para que ela encarasse tudo como sensação e não como dor. Percebia, de forma clara, as atitudes das outras pessoas. Eu estava muito feliz por assumir esta vida.
A partir da leitura desse livro e de algumas experiências realizadas em grupos holísticos e espíritas eu introduzi em algumas vivências o exercício de retorno ao útero. Muitas marcas em nosso corpo e alma tem origem no momento da concepção. Este período, o da gravidez e do parto são fundamentais para a saúde física e mental da criança. Aí se reforça na realidade tudo o que já afirmara mais acima, agora como se tratam os Autistas?
Não existe uma medicação para a cura do autismo, Existem medicações apenas para administração dos sintomas do autismo. Os autistas tem potencialidades a serem trabalhadas com um bom desempenho educacional em conjunto com uma boa equipe multidisciplinar e o apoio integrado com pais.
As preocupações em relação ao meio debatem-se com o preconceito a desistência dos pais, porque não haja duvidas tal como Jesus dizia, ”Só o amor nos salvará, em caridade” tal como as aves do céu buscam o seu alimento todos que estão envolvidos na simbiose de evolução devem procurar reforçar-se no “Orai e Vigiai”. Os pais destes irmãos necessitam de muito conhecimento espiritual, estudar, afim de com o reforço duma fé racionada e uma esperança acalentada no trabalho de caridade dando amor , é que conseguirão suplantar esta oportunidade de crescimento.





Victor Manuel Pereira de Passos nascido em 26 de dezembro de 1958, reside em Viana do Castelo, Portugal, onde é membro da Associação Espírita Paz e Amor. Autor de várias brochuras, tais como: "Reflexões", "Oásis de Luz", "Adolescentes e a droga", além do livro "Sementes da vida", editado em janeiro de 2007, para apoio de Instituição de Deficientes Criança Diferente. Aqui, o Blog do autor:http://criancadiferente.blogspot.com/

e-mail: caminheirodapaz@gmail.com

Autismo, Neurônios-espelho e Marcas Espirituais


Autismo, Neurônios-espelho e Marcas Espirituais


Trabalho apresentado no MEDINESP, Congresso Médico-Espírita Nacional e Internacional, realizado em junho de 2007, São Paulo, SP. (Carlos Eduardo Sobreira Maciel – carlos.amemg@hotmail.com )
0 – Introdução:
Estamos há 150 anos buscando uma integração cérebro-mente –espírito e ao analisarmos a história das descobertas e avanços científicos percebemos que ela é permeada por acidentes e coincidências inacreditáveis, o que nos revela que não estamos sós nesta jornada.
No que se refere ao autismo, temos bons exemplos disto: dois homens em lugares distintos, numa mesma época, sem se comunicarem, dão o mesmo nome à doença e 50 anos depois as células doentes do autismo são descobertas acidentalmente…
I – História:
Na década de 40, dois médicos, o psiquiatra americano Leo Kanner e o pediatra austríaco Hans Asperger, descobriram o distúrbio de desenvolvimento que afeta milhares de crianças em todo o mundo. Foi uma descoberta isolada – nenhum dos dois sabia o que o outro pesquisava, e ambos deram o mesmo nome à síndrome: Autismo. Foi considerada uma “coincidência inacreditável”, mas fica claro que houve uma intervenção do plano espiritual ao nos convidar para dar mais atenção àquelas crianças e ampara-las no seu sofrimento.
A palavra autismo vem do grego autos, que significa “de si mesmo”. O nome é perfeito. O traço mais flagrante da doença é o isolamento do mundo exterior, com a conseqüente perda de interação social. Em vez de dedicar-se à exploração do mundo exterior, como acontece normalmente, a criança autista permanece dentro das fronteiras de seu próprio universo pessoal.
II – Conceito, quadro clínico e epidemiologia:
Segundo a OMS, o autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo funcionamento anormal em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.
O comprometimento da interação social é observado na falta de empatia, na falta de resposta às emoções de outras pessoas e no retraimento social.
Já o comprometimento da comunicação é percebido na falta de uso social da linguagem, na falta de linguagem não-verbal, na pobreza de expressão verbal e no comprometimento em jogos de imitação.
O autista também apresenta um comportamento restrito e repetitivo, o que pode ser observado através de estereotipias motoras e preocupações estereotipadas com datas, horários e itinerários.
Podem também existir sintomas inespecíficos como fobias, auto-agressão, ataques de birra e distúrbios alimentares.
Há deficiência mental em cerca de ¾ dos casos, embora todos os níveis de Q.I. possam ocorrer em associação com o autismo. Às vezes há capacidade prodigiosa para funções como memorização, cálculo e música.
Segundo recentes publicações da Revista Brasileira de Psiquiatria, publicação da ABP, alguns autores sugerem que o diagnóstico já pode ser estabelecido por volta dos 18 meses de idade. Outras informações epidemiológicas mostram que há de 1a 5 casos em cada 10.000 crianças e que a doença ocorre em meninos 2 a 3 vezes mais do que em meninas.
III – Causas:
A maioria dos casos de autismo tem causa desconhecida. Alguns casos são presumivelmente decorrentes de alguma condição médica das quais infecções intra-uterinas (como a rubéola congênita), doenças genéticas (como a síndrome do x frágil) e ingestão de álcool durante a gravidez (provocando a síndrome fetal alcoólica) estão entre as mais comuns.
IV – Neurônios-espelho:
Descobertas científicas recentes apontam para um defeito nos neurônios-espelho como causa do autismo. Estes neurônios são um subconjunto de células que refletem no cérebro do observador os atos realizados por outro indivíduo (se eu pego um objeto, alguns neurônios são ativados em meu cérebro; se eu observo o indivíduo pegando o objeto, os mesmos neurônios são ativados em meu cérebro como se eu estivesse pegando o objeto).
Os neurônios-espelho foram descobertos, acidentalmente, no início da década de 90 por pesquisadores italianos da Universidade de Parma, que estudavam um determinado tipo de neurônio motor de macacos. Este neurônio disparava quando o macaquinho pegava uma fruta e para surpresa de todos, disparou também quando ele observou um dos pesquisadores pegar a fruta, como se ele mesmo estivesse pegando-a para comer.
Uma série de experimentos realizados posteriormente demonstrou a existência destes neurônios no cérebro humano. Portanto podemos dizer que através dos neurônios-espelho, nós podemos compreender “visceralmente” um ato observado. Nós sentimos a experiência vivida por outro em nossas mentes. Mas não é só esta a função destes neurônios.
Diversos estudos realizados nas Universidades da Califórnia e College de Londres e no centro de Pesquisa Jülich, na Alemanha, demonstraram as funções de reconhecimento de intenções dos atos, de emoções vividas por outra pessoa (então se uma pessoa te diz: “eu sei o que você está sentindo”, talvez ela não saiba o quanto esta frase é verdadeira) e o importante papel de aprendizado por imitação de novas habilidades, como a linguagem por exemplo.
A partir do final da década de 90, pesquisadores da Universidade da Califórnia se empenharam em determinar uma possível conexão entre neurônios-espelho e autismo, já que ficou demonstrada a associação entre essas células e empatia, percepção dos atos e intenções alheios e aprendizado da linguagem, funções deficientes nos autistas.
V – O sistema espelho “quebrado”:
E realmente, estudos realizados na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, Universidade de tecnologia de Helsinque, na Finlândia, além dos estudos na Universidade da Califórnia, provaram que a atividade dos neurônios-espelho dos autistas é reduzida em diversas áreas cerebrais:
- No córtex cingulado anterior e insular, o que pode explicar a ausência de empatia;
- No córtex pré-motor, o que pode explicar a sua dificuldade de perceber atos alheios;
- E no giro angular, explicando problemas na linguagem.
VI – Marcas espirituais – patogênese remota:
Apesar dos avanços científicos, o autismo permanece um mistério, um desafio, um enigma que só se revelará mais claramente ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual.
Já se sabe que disfunções neurológicas (como as disfunções dos neurônios-espelho) produzem repercussões de natureza autística, mas continuaremos com a pergunta maior: que causas produzem as disfunções neurológicas? Se a responsabilidade for atribuída aos genes, a pergunta se desloca e se reformula assim: que causas produzem desarranjos nos complexos encaixes genéticos?
Segundo a literatura médico-espírita e orientações mediúnicas recebidas no GEEP da Associação, o autismo como outros graves distúrbios mentais (psicoses por ex.) resulta de graves desvios de comportamento no passado, de choques frontais com as leis que regem o universo. Então, o que antecede à predisposição genética e às disfunções neurológicas são as graves faltas pretéritas.
Entre o passado de faltas e as presentes alterações genéticas, neurológicas e mentais do autismo encontramos uma ponte que liga estes dois momentos distintos. Esta ponte é o próprio processo de reencarnação. Aqui se encontra a formação do autismo. Há duas possibilidades ou vias de ligação:
1a O reencarnante com profundas lesões perispirituais produzindo alterações neurológicas e a conseqüente formação do autismo.
2a O reencarnante rejeita a reencarnação levando à formação do autismo.
Na 1a possibilidade, a consciência do reencarnante marcada pela culpa, acarretou severos danos no perispírito e conseqüentes lesões no SNC. Há uma incapacidade de organizar um corpo sadio na atual encarnação. Neste caso a entidade espiritual fica aprisionada no corpo deficiente, sem conseguir estabelecer comunicação. Esta possibilidade ou via de formação do autismo é defendida por alguns estudiosos que acreditam que certos autistas, constituem angustiantes tentativas de se entender com o mundo externo. Há casos de autistas que alcançaram certa melhora e relataram que muitas vezes entendiam o que as pessoas lhe diziam, mas não sabiam como responder verbalmente. Recorriam, por isto, aos gritos e ao agitar das mãos, único mecanismo de comunicação que dispunham.
Na outra possibilidade, via ou ponte de ligação entre passado de faltas e autismo, temos o indivíduo com a consciência marcada pela culpa, temendo colher os frutos em uma nova existência compulsória, rejeitando a reencarnação, provocando autismo. No livro “Loucura e obsessão”, de Manoel Philomeno de Miranda, temos a confirmação da hipótese de rejeição à reencarnação. Nos capítulos 7 e 18, o Dr. Bezerra de Menezes explica que o indivíduo com a consciência culpada é reconduzido à reencarnação e acaba buscando o encarceramento orgânico para fugir sem resgatar as graves faltas do passado. Trata-se de um vigoroso processo de auto-obsessão, por abandono consciente da vida. Conclui dizendo que muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir às suas vítimas e apagar as lembranças que o atormentam.
VII - Marcas espirituais – os sintomas:
Considerando a possibilidade de rejeição à reencarnação podemos fazer uma nova leitura dos sintomas autísticos. Começando pelo isolamento, sinal de que o autista não admite invasões em seu mundo; como porém, a participação mínima do lado de cá da vida é inevitável, sua manifestação se reduz a alguns movimentos repetitivos como agitar as mãos, girar indefinidamente um prato ou a roda de um brinquedo, qualquer coisa enfim, que mantenha a mente ocupada com rotinas irrelevantes que o livrem do convívio entre as pessoas.
Uma explicação possível para o sintoma autista de girar sobre si mesmo, seria a produção de tonteira através da rotação, provocando um passageiro desdobramento entre perispírito e corpo físico, livrando a criança, momentaneamente, da prisão celular.
As crianças autistas muitas vezes manifestam rejeição a alguma parte do corpo, através de auto-agressão. Isso pode ser um sinal de rejeição à própria personalidade.
Quanto à relação ambígua consigo mesma, manifestada pela troca dos pronomes pessoais (referindo-se a si mesma como “tu” e ao outro como “eu”), podemos pensar na possibilidade de obsessão espiritual, já que com os desacertos do passado, muitos são os desafetos.
Uma análise mais profunda da disfunção da linguagem, pode ser feita a partir da hipótese proposta por Hermínio Miranda em seus livros “A alquimia da mente” e “Autismo, uma leitura espiritual”. Segundo o autor, normalmente ao reencarnar, o espírito se instala à direita do cérebro e por 2 ou 3 anos passa para o hemisfério esquerdo a programação da personalidade daquela encarnação. Neste período é formado o mecanismo da linguagem. No caso do autismo o espírito permanece –autísticamente- no lado direito, área não-verbal do cérebro, sem participar deste processo. É natural que este ser que vem compulsoriamente, sem interesses em envolver-se com as pessoas e o mundo, torne o seu sistema de comunicação com o ambiente, o mais rudimentar e precário possível. Encontramos informações que reforçam esta hipótese:
-1a sabe-se que o corpo caloso, estrutura que liga os dois hemisférios cerebrais, não desempenha durante os primeiros 2 ou 3 anos de vida, a função de separar faculdades dos dois hemisférios.
-2a a partir do segundo ou terceiro ano de vida é que o hemisfério esquerdo assume a linguagem.
-3a o autismo eclode até o terceiro ano de vida quando se percebe uma interrupção do desenvolvimento da linguagem.
Parece então que até os 2-3 anos as crianças vão se comunicando através dos 2 hemisférios, e a partir de então só se comunica quem tiver implantado no h.esquerdo esta função, o que não acontece com o autista.
VIII – Tratamentos:
O autismo é um quadro de extrema complexidade que exige abordagens multidisciplinares, visando a questão educacional e da socialização, assim como o tratamento médico.
O tratamento médico é realizado com medicamentos para reduzir sintomas como agitação e agressividade.
É importante dizer que pesquisas têm sido dirigidas no sentido de se encontrar medicamentos que estimulem a liberação de neurotransmissores específicos ou reproduzam os seus efeitos. Neurotransmissores que sejam responsáveis pelo funcionamento químico dos neurônios-espelho.
Do ponto de vista do espírito, por mais paradoxal que possa parecer, o remédio para o autismo é o próprio autismo como forma de drenagem perispiritual.
IX – Prognóstico:
Alguns pacientes autistas conseguem alcançar um certo nível de autonomia. A literatura mostra que alguns fatores estão ligados a um melhor prognóstico:
1- Significativa destreza verbal adquirida antes de instalada a doença.
2- Diagnóstico precoce e concentração de esforços tão cedo quanto possível. Tratamento e terapia devem ser iniciados quando a anormalidade é observada na criança pela 1a vez.
X – Conclusão:
Na certeza de que a diferença mais importante entre nós e nossos pacientes está em um pouco mais de boa vontade de nossa parte, e isto foi dito mais de uma vez pelo nossos mentores, cito mais uma vez o sr Hermínio Miranda para concluir este trabalho.
É necessário construir uma ponte para ligar o mundo externo ao mundo íntimo do paciente. É importante que não nos comportemos de forma autística, nos fechando nos nossos mundos de clichês, cheios de padrões, desinteressados em andar metade do caminho, na direção do paciente.
Uma possibilidade é tentar interpretar os seus sinais não-verbais. É bem verdade que não há muitas palavras no dicionário deles, mas a linguagem universal do amor também é não-verbal. Para se expressar através dela, há os gestos, a vibração sutil da emoção, da solidariedade, da paciência, da aceitação da pessoa como ela é, não como queremos que ela seja.
Se estivéssemos no lugar deles, como gostaríamos de ser tratados? É presumível que eles estejam fazendo tudo que lhes seja possível, dentro de suas limitações. Com um pouco de boa vontade de nossa parte, talvez concordem em tocar a mão que lhe estejamos oferecendo a fim de saltarem o abismo que nos separa!
XI – Referências bibliográficas:
1- Revista Scientific American
2- Revista Brasileira de Psiquiatria
3- CID 10
4- Autismo, uma leitura espiritual – Herminio Miranda
5- Alquimia da Mente – Herminio Miranda
6- Orientações mediúnicas, Grupo de Estudos de Espiritismo e Psiquiatria da AMEMG

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CORPO ESPIRITUAL - Evolução em Dois Mundos




CORPO ESPIRITUAL

.......
Recomende esta páginaFaça DOWNLOAD do livro Nosso LarImprima este texto
.......

RETRATO DO CORPO MENTAL — Para definirmos de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental (3) que lhe preside a formação.
Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja.
Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência.
Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, (3) O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente, e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela em que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre. — (Nota do Autor espiritual). além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.
CENTROS VITAIS — Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.
Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica.
É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundinas de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.
Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, conseqüentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.
CENTRO CORONÁRIO — Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.
Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta.
A mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o centro coronário incumbe-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as conseqüências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.
ESTRUTURA MENTAL DAS CÉLULAS — É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, de modo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conhecimento, acerca dos fluídos que nos integram o clima de manifestação, todos eles de origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, ou Hausto Corpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito.
CENTROS VITAIS E CÉLULAS — São os centros vitais fulcros energéticos que, sob a direção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos todos no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação.
Essas células que obedecem às ordens do espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criadas, procedem do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa marcha no decurso dos milênios, desde o seio tépido do oceano, quando as formações protoplásmicas nos lastrearam as manifestações primeiras.
Tanto quanto a célula individual, a personalizar-se na ameba, ser unicelular que reclama ambiente próprio e nutrição adequada para crescer e reproduzir-se, garantindo a sobrevivência da espécie no oceano em que respira, os bilhões de células que nos servem ao veículo de expressão, agora domesticadas, na sua quase totalidade em funções exclusivas, necessitam de substâncias especiais, água, oxigênio e canais de exoneração excretória para se multiplicarem no trabalho específico que nosso espírito lhes traça, encontrando, porém, esse clima, que lhes é indispensável, na estrutura aquosa de nossa constituição fisiopsicossomática, a expressar-se nos líquidos extracelulares, formados pelo líquido intersticial e pelo plasma sangüíneo.
EXTERIORIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS — Observando o corpo espiritual ou psicossoma, desse modo em nossa rápida síntese, como veículo eletromagnético, qual o próprio corpo físico vulgar, reconheceremos facilmente que, como acontece na exteriorização da sensibilidade dos encarnados, operada pelos magnetizadores comuns, os centros vitais a que nos referimos são também exteriorizáveis, quando a criatura se encontre no campo da encarnação, fenômeno esse a que atendem habitualmente os médicos e enfermeiros desencarnados, durante o sono vulgar, no auxílio a doentes físicos de todas as latitudes da Terra, plasmando renovações e transformações no comportamento celular, mediante intervenções no corpo espiritual, segundo a lei do merecimento, recursos esses que se popularizarão na medicina terrestre do grande futuro.
CORPO ESPIRITUAL DEPOIS DA MORTE — Em suma, o psicossoma é ainda corpo de duração variável, segundo o equilíbrio emotivo e o avanço cultural daqueles que o governam, além do carro fisiológico, apresentando algumas transformações fundamentais, depois da morte carnal, principalmente no centro gástrico, pela diferenciação dos alimentos de que se provê, e no centro genésico, quando há sublimação do amor, na comunhão das almas que se reúnem no matrimônio divino das próprias forças, gerando novas fórmulas de aperfeiçoamento e progresso para o reino do espírito.
Esse corpo que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriças, é suscetível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinamia imposta pelos delírios da imaginação, a se responsabilizarem por disfunções inúmeras da alma, nascidas do estado de hipo e hipertensão no movimento circulatório das forças que lhe mantém o organismo sutil, e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, através do renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei.
Outros aspectos do psicossoma examinaremos quando as circunstâncias nos induzam a apreciar-lhe o comportamento nas regiões espirituais vizinhas da Terra, dentro das sociedades afins, em que as almas se reúnem conforme os ideais e as tarefas nobres que abraçam, ou segundo as culpas dilacerantes ou tendências inferiores em que se sintonizam, geralmente preparando novos eventos, alusivos às necessidades e problemas que lhes são peculiares nos domínios da reencarnação imprescindível.

Pedro Leopoldo, 19/1/58